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Escritaria: Novo livro de Alice Vieira apresentado


A sala principal do Museu Municipal de Penafiel encheu-se de leitores para assistir à apresentação de “Diário de Um Adolescente na Lisboa de 1910” (Texto Editores), o novo livro de Alice Vieira. A obra da escritora foi apresentada na Escritaria, em Penafiel, durante a homenagem que a cidade lhe prestou.
 O livro foi apresentado por Rosário Araújo, editora do grupo Leya, Patrícia Furtado, ilustradora do livro, Sílvia Alves, contadora de histórias e escritora de livros infantis, além da própria autora.
Após a dramatização de “Corre, corre Cabacinha” e declamação de alguns poemas de Alice Vieira, a editora do grupo Leya começou por demonstrar o seu contentamento pela “celebração da vida e obra de Alice Vieira”, em Penafiel.
Segundo Rosário Araújo, este é um livro que irá divertir jovens e adultos, enquanto dá a conhecer a época prévia à implementação da República. Quando recebeu o livro da homenageada da Escritaria, sentiu “amor à primeira vista”.
O personagem é um menino chamado Joaquim José. Tem 14 anos em 1910. O seu pai é republicano, a sua avó é monárquica. O diário vai sendo o registo de todas as confusões provocadas pelo antagonismo na família e pela turbulência da época.




Patrícia Furtado afirmou estar deslumbrada por ter desenhado este menino e as outras personagens para uma obra de Alice Vieira. A leitura deste novo livro remeteu-a para a sua infância, em que se isolava a ler livros. As suas companhias eram, tantas vezes, livros da autora de “Rosa, minha irmã Rosa”. A influência foi tal que Patrícia Furtado quis ser escritora. A menina “antissocial” começou a escrever e a desenhar. E foi pelo desenho que se afirmou na área da literatura.
A emoção é grande, confessou, por ver as suas ilustrações neste livro e nas mãos de tanta gente.
Para Sílvia Alves, as ilustrações sugerem o sabor e os cheiros da época.
Segundo a contadora de histórias, a voz autoral de Alice Vieira está bem presente neste livro. A capacidade de inovar mantém-se. As casas, nos livros de Alice Vieira, nunca estão vazias; existem sempre famílias nessas casas, segundo Sílvia Alves.
É um livro para leitores, “não-leitores” e “pré-leitores”. Pertence aos adultos a responsabilidade de promover o gosto pelas histórias através de leituras conjuntas, em família. Assim se criam hábitos de leitura nos mais jovens.
A apresentação de “Diário de Um Adolescente na Lisboa de 1910” terminou com algumas declarações da autora.



Na génese deste livro estão os folhetins que Alice Vieira foi publicando no Jornal de Noticias, a pedido do editor do jornal. Todos os sábados era publicada meia página com o objectivo de ser lida pelos mais jovens. A recepção foi tão boa que os folhetins passaram a livro.
A Escritaria tem sido para Alice Vieira um “festival de afecto”. A publicação de “Diário de Um Adolescente na Lisboa de 1910” foi programada para coincidir com a Escritaria. E facilmente se percebeu a razão. No fim, formou-se uma longa fila para se conseguir que o livro fosse autografado.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=845612

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