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Entre muitas interrogações, ambos os autores provocam em mim a incerteza sobre o significado de contemporaneidade. Interpreto, através da luz fornecida pela Peregrinação de Pedro Rosa Mendes, o autor Fernão Mendes Pinto como meu contemporâneo. A estranheza demonstrada perante o outro, já não sendo geográfica, ainda se mantém como psicológica e cultural. A genialidade existente em "Peregrinação de Enmanuel Jhesus" não se esgota em si, mas com intenção e como objectivo, remete para a "Peregrinaçam" de Fernão Mendes Pinto.
As duas obras não se conformam com a representação da realidade, mas almejam capturá-la nas malhas da ficção.
As duas narrativas derrapam para a ficção ou para a realidade. Depende da perspectiva adoptada pelo leitor. Mas se este adoptar uma só perspectiva e não tentar ver através de vários ângulos nunca conseguirá aproximar-se da beleza intrínseca de cada obra.
Se Fernão Mendes Pinto já tem o seu lugar na história, confesso ler Pedro Rosa Mendes como um dos maiores escritores portugueses.
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